Quando olhamos para a situação da pandemia como algo que chegou com alguma mensagem, conseguimos aceitar e com serenidade e luz, tentar observar o que essa situação alterou em cada um de nós, em nossas essências. Antes da pandemia, vivíamos de forma mecânica, sem ao menos entender qual era o nosso propósito diante de tanta correria.
O primeiro movimento que a pandemia nos trouxe foi nos forçar a parar e olhar para o nosso interior, gerando medo, tensão e estranheza tamanha distância que talvez estivéssemos de nossas essências. Tudo novo dentro de um cenário delicado que nos assombrou. Quem imaginou passar por uma situação tão nebulosa como essa? Porém, com o tempo, tudo começou a se acalmar em nossos corações e mentes, mesmo diante do cenário incerto. Assistimos de tudo nesse momento pelos meios de comunicação. O que nos afligia ainda mais. Uma diversidade de frequências de energia que se emaranhava diante de opiniões, gerando pânico para muitos. E, aqueles que se depararam na pele com o vírus e as consequências que ele promove.
Com o passar dos meses, a luz começou a trazer caminhos. Sempre a luz! Em meio a tantas formas emergenciais de lidar com as mudanças em tudo que fazia parte do nosso cotidiano, muitos se depararam com o lidar com a dor do luto. Aí, o desconhecido modelo nos impactou: “proibido velar os falecidos pela contaminação do vírus”!
Para a nossa cultura se torna muito difícil não fazer o ritual do velório, com o objetivo da despedida do falecido. Mas, esse novo modelo nos remeteu à reflexão: “ estávamos acostumados a nos despedir de um corpo?” Alguns se revoltam, enquanto outros vão refletindo e aceitando a nova condição. Por incrível que pareça, uma das mensagens transformadoras desse período de purificações é a do “ desapego”! Sim, amor sem apego!
E, essa reflexão nos remete a viver intensamente o presente, atribuindo o seu verdadeiro valor.
Gratidão ao passado por todas as experiências vividas e a aceitação do futuro, na condição do que cultivamos hoje. Ou seja, tudo passa ser natural conforme as reconfigurações das ordens sistêmicas. Segundo o criador da técnica de “ Constelações familiares”, Bert Hellinger, “ só o amor não basta. Precisa haver as ordens do amor!”
Aqui, fica uma reflexão: por que estamos passando por esse momento? Cada um de nós com crenças limitantes e padrões culturais de nossas famílias, vamos refletindo com diferentes olhares. porém aqueles que já se engajaram há tempos em busca do autoconhecimento, vêm e sentem esse movimento como necessário no processo de nossa evolução espiritual aqui nesse nosso planeta terra. Com esse olhar e esclarecimento, tudo passa a ter significância. Quando realmente, compreendemos que somos seres de luz com oportunidades terrenas.
Será que se estivéssemos cuidando do planeta com gratidão e respeito, estaríamos enfrentando essas purificações? Será que se realmente nos amássemos de verdade, sem a poluição dos valores terrenos, teríamos que lidar com esse momento?
Acredito, que as ordens do sistema através dessas situações que surpreenderam, nos forçam definitivamente, a olhar para as nossas essências, buscando força, luz e sabedoria para transformar não apenas o nosso mundo interior como tudo ao nosso redor.
Clarice Hatsue Sendai Oishi