Um texto para reflexão e que divide como é viver com a ansiedade
A ansiedade não é apenas um sentimento de urgência pelo o que está para acontecer, como muitos podem pensar. Conviver com a ansiedade é passar noites em claro, virando de uma lado para o outro tentando dormir, sem sua mente permitir que você se “desligue”.
Ansiedade é presenciar todos os seus medos e tornando reais através de pesadelos e pensamentos negativos constantes. É já acordar exausto e totalmente desesperançoso para o seu dia. É aprender a ficar acordado durante todo o dia mesmo tendo dormido apenas uma ou duas horas.
A ansiedade é a dúvida eterna de como responder uma mensagem de forma “normal”, é acabar respondendo a mesma coisa mais de uma vez, quando você sente que respondeu errado da primeira vez. É permitir que sua vergonha fale mais alto. É começar a imaginar diversos cenários negativos enquanto espera a resposta de alguma pessoa, e quando ela não te responde, se encher de dúvidas, mesmo tentando considerar que ela não está respondendo porque está ocupada.
A ansiedade é sentir que sua vida é uma constante espera por algo valioso. É tirar conclusões precipitadas toda vez que sua mente decide vagar e não ter outra opção além de seguir sua liderança. É ter pouca autoestima e autoconfiança, e sentir que deve se desculpar por tudo, até mesmo por aquilo que não deve ser desculpado. É duvidar de todas as suas capacidades e habilidades de ser feliz.
Ansiedade é se autossabotar. É tomar como verdade que a outra pessoa não gosta realmente de você e que nunca dará certo todas as vezes em que está começando um relacionamento com alguém.
Ansiedade é viver constantemente com medos e preocupações irracionais. É pensar e se preocupar demais. De fato, um dos principais gatilhos da ansiedade é o excesso de cuidado e preocupação. É viver com suas mãos suadas e o coração acelerado. Mas ninguém consegue perceber isso, porque você disfarça muito bem, e sempre parece estar bem e calmo.
Viver com ansiedade é ouvir constantemente frases como “não se preocupe”, “pare de pensar tanto sobre isso” ou “apenas relaxe”. É contar seus dilemas para as pessoas próximas e nunca ser totalmente compreendido. É ter algumas pessoas querendo te ajudar verdadeiramente, mas que não fazem ideia de como as coisas estão dentro de sua mente.
A ansiedade é conviver com o fluxo intenso de perguntas que te fazem duvidar de si mesmo: Será que eu realmente desliguei o forno? Eu tranquei a porta antes de sair? Será que enviei aquele e-mail de trabalho ou deixei nos rascunhos?
Ansiedade é não se sentir confortável em situações sociais porque sempre imagina que outras pessoas estão te olhando e julgando, não querendo sua presença. Viver com ansiedade é diminuir a si mesmo para agradar outras pessoas.
A ansiedade é o medo do fracasso e a luta incessante pela perfeição, mesmo tendo que conviver com aquela voz dentro de sua cabeça que a todo momento diz: “você não é capaz, é só uma questão de tempo até falhar.” Ansiedade é lutar com a voz crítica interna que diz: “você estragou tudo” ou “você deveria estar se sentindo horrível agora”.
Mas, além de tudo isso que foi dito, ansiedade é cuidar, se importar. Ansiedade é nunca desejar ferir os sentimentos de outra pessoa, ou fazer algo errado. É simplesmente desejar ser amado e aceito por quem realmente é. Quando as pessoas que convivem com a ansiedade encontram amigos que as compreendem verdadeiramente, se sentem mais apoiadas e ajudadas para seguir em frente. Dessa maneira percebem que apesar de terem que enfrentar a batalha contra a ansiedade todos os dias, não precisam fazer isso sozinhas.
Um texto que fala da importância do amor e do acolhimento.